Que as novas tecnologias vêm transformando a nossa rotina em casa e no trabalho, não é novidade para ninguém.
Mas você já parou para pensar com profundidade nos impactos reais dessas ferramentas e plataformas na nossa vida? E se estamos utilizando cada recurso com criticidade e dentro de limites?
No segundo dia do 4ºFórum Internacional Senac de Educadores esse assunto foi analisado a partir de alguns vieses, em especial do trabalho e da educação.
Cada participante trouxe pontos importantes para reflexões e o que consideram razoável no debate sobre o uso das tecnologias. Compartilhamos aqui alguns desses momentos!
Participaram do debate:
Kalyne Lima, presidente nacional da Central Única das Favelas (CUFA), mestra de cultura popular do Hip Hop, jornalista, executiva social e ativista cultural.
André Lemos, escritor, professor titular da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisador 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). É engenheiro mecânico, mestre em Política de Ciência e Tecnologia pela COPPE/UFRJ e doutor em Sociologia pela Université René Descartes, Paris V, Sorbonne.
Gabriel Dualiby Pinto, atua na Frente Pedagógica do Posicionamento Educacional e Representação Política. É coordenador de Projetos Educacionais no Senac São Paulo.
Mediação de Guto Rodrigo de Souza, analista de Sistemas, especialista em Desenvolvimento para Internet, consultor em projetos para internet e docente nos cursos de Desenvolvimento e Design para Internet do Senac Americana. Passou por empresas nacionais, multinacionais e startups.
educação e tecnologia: O caminho é garantir os acessos
Kaline Lima chama a atenção para questões que estão no dia a dia das comunidades brasileiras. Num país onde 18 milhões de pessoas moram em comunidades, discutir acesso à tecnologia exige, antes, discutir acesso à educação básica.
Para ela, esse volume de pessoas ocupando favelas é um retrato das desigualdades no país. Mas ela lembra que, nesses locais, existe uma população muito potente e ativa, que cria, consome, empreende e busca caminhos para transformação de realidades. E o aprendizado é um desses caminhos.
Segundo pesquisa do Instituto DataFavela, oito em cada dez pessoas adultas que moram em favelas consideram a educação como algo importante para o seu futuro.
Para avançar é preciso construir conhecimento
Para André Lemos, a inteligência artificial não deve ser vista como rival da sociedade, e sim uma aliada, A tecnologia pode contribuir com o pensamento e a evolução humana, desde que manipulada de modo responsável e olhar crítico.
André aborda o poder que as tecnologias mais acessadas hoje, como as redes sociais, têm de criar bolhas. Em sua avaliação, isso escancara o risco de delimitação do interesse das pessoas pelo novo e da disposição de questionarem.
O momento seria de resgatar as formas de aprender ou, como ele diz, os artefatos de construção do conhecimento.
Relações humanas como prioridade
Ao refletir depois das falas de Kaline e André, Gabriel Dualiby concorda que duas ações ganham muita força dentro desse debate: questionar e colaborar.
Para ele, as ferramentas tecnológicas, especialmente da IA, devem ser vistas como coadjuvantes em todas as esferas em que já estão presentes. Particularmente na educação, trazem a chance de quebrar barreiras de tempo e de espaço.
Mas a questão, reforça, é a responsabilidade no uso das tecnologias e a valorização das relações humanas.
Fórum Internacional Senac de Educadores
Com edições anuais, o evento é um convite para profissionais da educação participarem de debates e rodas de conversa temáticas para refletir sobre o universo da educação.
E aí, gostou de saber um pouco mais sobre o primeiro dia do 4º Fórum Internacional Senac de Educadores? Assista a conversa na íntegra!
BARRA DE PROGRESSO - FINAL DO CONTEÚDO